sexta-feira, 27 de julho de 2012

Letramento Numeramento


COMPROMISSO VR 660


António Abade da luz
Maria Gomes Gonçalves Carvalhal


Marilu e Gombade, dois cabo-verdianos, oriundos de Santo Antão e Santiago, foram convidados para participar numa formação ligada à educação no Brasil, cidade de Fortaleza. Não tendo até o momento nenhum contato com o Brasil, logo pensaram que iriam deliciar no estado do Ceará, cidade de Fortaleza, de belíssimas praias, do interior cearense maravilhoso, assim como conhecer de perto o sertão brasileiro. Então, encontraram-se na cidade da Praia, Cabo Verde, para juntos apanhar o avião no Aeroporto Internacional Nelson Mandela.
Fascinados com a viagem, foram de madrugada para o aeroporto, a fim de agilizarem os expedientes de check-in e certificar se tudo estava bem como combinado. Depois de todas as demandas aeroportuárias relacionadas com voos internacionais, foram para a sala de embarque, onde tiveram que esperar algumas horas. Angustiados, preocupados, com fome e pensando ora na família que para atrás ficava, ora na maravilhosa viagem para as terras de José de Alencar.
Marilu e Gombade aguardavam sentados imaginando o que iriam encontrar no Brasil, Fortaleza. Com cerca de uma hora de atraso, lá se foi o voo VR 660 da TACV Cabo Verde Air Lines, rasgando o céu de Cabo Verde, rumo ao Brasil.
A viagem durou cerca de três horas e trinta minutos, num ambiente muito tranquilo, descontraído e cheio de expectativas.
Chegados à Fortaleza, foram recebidos por um simpático cearense de nome Vicente Neto, que logo ali no aeroporto Pinto Martins, começou a dar algumas indicações ao grupo de como estar nas terras de Alencar. Mas antes, tiveram que enfrentar uma longa fila para legalização junto das autoridades fronteiriças cearenses. Arrastando as bagagens, cheias de interrogações, foram distribuídos em dois confortáveis ônibus (autocarros), rumo ao Hotel Mareiro na rua Tibúrcio Cavalcante.





Já no hotel, depois de alguns protocolos de identificação dos hóspedes, receberam as chaves dos respectivos quartos, “espanto”, um cartão..., novidade..., pois os dois nunca tinham usado tais chaves em Cabo Verde, o que provocou uma grande dificuldade, pois nem um nem outro conseguia acionar o sistema com o cartão para abrir as portas. Aflitos, quase a desistir e pedir ajuda à portaria do Hotel, um turista que estava hospedado ao lado prestou-lhes a devida assistência, abrindo as portas.






Como os dois não trouxeram nas bagagens alguns produtos de primeira necessidade, tiveram de se deslocar a um centro comercial mais perto para os adquirir. Foram aconselhados a fazer compras no supermercado Pão de Açúcar, a algumas quadras do hotel. Aí, surgiu o primeiro problema: como chegar ao Pão de Açúcar? Então, foram à recepção do hotel pedir informações sobre o local. Um dos funcionários facultou-lhes um mapa com o seguinte itinerário.
Leitor(a), ajuda a Marilu e o Gombade a chegar ao supermercado, traçando o itinerário em baixo, tendo como recurso o mapa parcial da cidade Fortaleza.








Obs.: suponha que cada quadrado corresponda a um quarteirão.





















































De seguida, os dois chegaram ao supermercado Pão de Açúcar e separaram os seguintes produtos: 3 garrafas de água por 1,90$R cada uma; 2 dentífricos a 3,24$R cada; 2 Havaianas por 38,00$R e 3 pacotes de biscoitos por 2,27$R cada. Ao fazer o pagamento no caixa, entregaram três notas de 20 reais. Depois, verificaram o troco e constataram que faltavam 75 centavos.
Então, quantos reais tinham em mãos nesse momento?
Reais Brasileiro
Escudos Cabo-verdiano
1 BRL
44.29172 CVE
2 BRL
88.58345CVE
5 BRL
221.458612 CVE
10 BRL
442.91724 CVE
15 BRL
664.37586 CVE
20 BRL
885.83447 CVE
50 BRL
2214.58619 CVE

Depois de resolver o problema do troco, verificaram que o relógio marcava 5:35 pm. Então, devido às compras e à precaução com segurança por não conhecer ainda a cidade, tomaram um táxi em direção ao Hotel Mareiro, evitando aventurar no meio de tanto trânsito local, num trajeto de cinco minutos de táxi sem transito. Mas quando saíram do táxi, voltaram a consultar o relógio e descobriram que tinham ficado presos no transito por sete minutos. Então, a que horas chegaram no Hotel?
Cansados, foram logo para os respectivos quartos, tomar um banho quente e relaxar o corpo do cansaço do dia. Então, começaram a consciencializar que o projeto Fortaleza não era meramente uma viagem de sonho mas sim um compromisso de muito trabalho e horários rígidos e programações rigorosas. Pois, o elenco de professores, assistentes e coordenadores da formação não estavam para brincadeiras e nem seriam cúmplices de perda de tempo. Com o avançar das atividades, puderam compreender que estavam a fazer parte de um projeto muito interessante e pioneiro, no caso do Ensino Básico de Cabo Verde. Assim, Marilu e Gombade aconselham a todos quantos que futuramente venham a fazer de um projeto igual ou parecido que preparem para uma boa maratona de trabalho, troca de experiências e conhecimento de outras realidades, em consonância de muita convivência.


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